Sobre as Testemunhas de Jeová
As Testemunhas de Jeová e a Questão do Sangue – William Gadelha
As Testemunhas de Jeová e a Questão do Sangue – William Gadelha

As Testemunhas de Jeová e a Questão do Sangue – William Gadelha

Copyright © 1998 William Gadêlha

Atualizado 2021

Terá sido a orientação dada pela Sociedade ao longo dos anos, com respeito ao uso de frações de sangue, algo que evidencie uma “orientação divina”?

A Sentinela 01 de fevereiro de 1959, págs. 95 e 96: – Perguntas dos leitores –

“Devemos considerar a injeção de soros … e frações do sangue, tais como a gama globulina… como o mesmo que beber sangue ou tomar sangue ou plasma de sangue por meio de transfusão?”

“Não, não parece necessário classificarmos as duas coisas na mesma categoria… Toda vez que se menciona a proibição de sangue nas escrituras é com relação a tomá-lo como alimento, e assim, é como nutriente que nos interessa a sua proibição… A injeção de anticorpos no sangue tendo como veículo o soro de sangue ou o uso de frações de sangue para criar tais anticorpos não é o mesmo que tomar sangue, …fazê-lo não parece estar incluído na expressa vontade de Deus ao proibir o sangue como alimento. Seria, portanto, assunto de decisão individual quanto a aceitar ou não tais tipos de medicação.

CONCLUSÃO 1: Portanto, o uso de frações de sangue no artigo acima foi (pela 1a. vez) liberado!

A Sentinela de 15 de março de 1962, pág. 174, pars. 16 e 19:

“É errado suster a vida mediante infusões de sangue, plasma, glóbulos vermelhos ou várias frações de sangue? Sim! … Quer seja sangue integral quer fração de sangue, … Quer seja administrado por transfusão quer por injeção, a lei divina se aplica”.

A Sentinela de 15 de julho de 1963, pág. 443:

“Quanto às transfusões de sangue, já se sabe… que são uma prática antibíblica… pois não apenas sangue integral, mas qualquer coisa que se derive do sangue, e que for usada para sustentar a vida ou para fortalecer a pessoa, está sob este princípio.”

CONCLUSÃO 2: Portanto, o uso de frações de sangue nos dois artigos acima foi (pela 1a. vez) proibido!!

A Sentinela de 15 de outubro de 1974, pág. 640:

“Que dizer, então, do uso dum soro que contenha apenas uma fração minúscula de sangue e que seja empregado para prover uma defesa auxiliar contra uma infecção, não sendo empregada para realizar a função sustentadora da vida normalmente desempenhada pelo sangue? Cremos que isto deve ser decidido pela consciência de cada cristão.”

CONCLUSÃO 3: O uso de frações de sangue no artigo acima foi novamente (pela 2a. vez) liberado!!!

Despertai! de 22 de agosto de 1975, pág. 29 (“Observando o Mundo” – Perigo no Tratamento da Hemofilia)

“Certos fatores plasmáticos da coagulação acham-se agora em amplo uso… os que recebem tal tratamento enfrentam outro perigo mortífero… quase 40% dos 113 hemofílicos apresentram caso de hepatite… todos receberam sangue integral, plasma ou derivados sangüíneos que continham os fatores. Naturalmente, os verdadeiros cristãos não utilizam este tratamento potencialmente perigoso, acatando a ordem da bíblia de ‘abster-se de sangue'”.

CONCLUSÃO 4: Mais uma vez, o uso de frações de sangue foi ( pela 2a. vez) proibido!!!

A Sentinela de 1 de dezembro de 1978, pág. 31:

“… Que dizer de se aceitarem injeções de soro para combater doenças tais como… difteria, tétano, hepatite por vírus, hidrofobia, hemofilia e incompatibilidade de RH? Isto parece cair numa zona de questões limítrofes… alguns cristãos acham que aceitar uma pequena quantidade de derivado de sangue para tal fim não é… desrespeito pela lei de Deus… adotamos atitude de que esta questão precisa ser resolvida por cada pessoa, por decisão pessoal.”

CONCLUSÃO 5: Incrível como pareça, o uso de fração de sangue foi novamente (pela 3a. vez) liberado!!!

CONCLUSÃO GERAL: Tendo em vista que a saúde e as vidas de pessoas estavam envolvidas, pode-se atribuir a Jeová, para quem “não há variação da virada da sombra” (Tiago 1:17), a orientação que levou a tantas mudanças de opinião no espaço de 20 anos? As Testemunhas de Jeová são fortemente aconselhadas a seguir lealmente estas orientações como que vindo do próprio Jeová, de um canal especialmente designado por Ele. No entanto, pode-se confiar neste “canal” a ponto de se pôr em risco a própria vida? Que garantia têm as Testemunhas de Jeová de que uma nova informação, ou uma “nova luz”, não mudará em breve esta postura como ocorreu nos casos anteriores, ou em outros assuntos nos quais a Bíblia não é taxativa?

E o que dizer de um transplante de órgão como o coração onde se tem grande quantidade de sangue de uma pessoa transportada para outra? Não é essa uma questão delicada que dá margem ao uso do sangue de forma mais ampla? E afinal de contas, o que é mais importante: O SÍMBOLO (sangue) ou a COISA SIMBOLIZADA (vida)?

Citação final: Ministério do Reino – outubro de 1998, pág. 1, o artigo “‘Você lê as revistas?'” – Parágrafo 4: “O escravo fiel e discreto “sabiamente reagiu à mudança dos tempos publicando artigos que abordam as necessidades reais das pessoas.(Mat.24:45). Sem dúvida, as revistas influenciam nossa vida.”

Se as revistas influenciam as vidas das Testemunhas, até que ponto elas poderão afetar a vida e a saúde dessas Testemunhas de Jeová inocentes que consideram tais informações como orientações oriundas de uma fonte divina? Que outras mudanças de tempo ainda obrigarão o Corpo Governante em Warwick, EUA, a criar orientações humanas falhas? Como poderão as Testemunhas de Jeová sinceras confiar que estarão no caminho certo e que as próximas orientações não mudarão logo depois, como nos casos citados acima e tantos outros? Têm as Testemunhas adaptado a Bíblia ou adotado a mesma de acordo com a mudança dos tempos? Como reagirá o “escravo fiel e prudente” às próximas mudanças de tempo e que consequências trarão as mesmas?